#Belezainterior - Reality Sweatshop: Dead Cheap Fashion
09:50Essa semana uma série bombou nas redes sociais e nos noticiários do mundo. O reality show norueguês Swatshop é daqueles que impactam e mostram os dois lados da moeda. Três blogueiros famosos que vão passar alguns dias de experiência em uma fábrica têxtil em Camboja (assista aqui).
Nikki se emociona ao entrevistar trabalhadora |
Frida, Lud Vig e Anniken perguntam á fabricante sobre como é a sua rotina de vida x trabalho |
Paradoxalmente aos grandes murmurinhos de quem está de fora da blogosfera, ouvi poucas opiniões ou nada de quem está dentro desse mundo - mais precisamente falando dos blogs/blogueiras que são mais voltadas para os fastfashions do mundo. Não vi atualizações de vídeos nem atualizações de posts repercutindo - visito muitos blogs por dia- e achei o silêncio também muito interessante, diga-se de passagem - talvez seja o medo de muitas dar um tiro no próprio pé? talvez-.
Mesmo parecendo óbvio e interessantíssimo a abordagem da série documental, senti uma vontade de vir aqui expressar minha humilde opinião para saber também a opinião de vocês sobre o assunto. Achei chocante e realmente impressionante o reality. Consegui sentir na pele a realidade dos trabalhadores de Camboja, uma triste e infeliz realidade. Ganha-se pouco e trabalha-se como escravo. Pra comprar uma peça de roupa é quase impossível porque até na comida eles precisam pra comer o suficiente pra se sentir cheio, não se sentir bem satisfeito.
Me senti na obrigação de parar de pechinchar nas lojas grandes de departamento, ou melhor, de buscar primeiro a saber das origens das fabricações das peças antes de adquirir uma. Uma peça da primark que custa 5 pounds pode ser uma grande vantagem pro meu bolso, mas não pra quem fabrica essas roupas.
Na nossa atual realidade mundial, é fato o avanço não só da blogosfera fashion, como também do incentivo ao consumo. Postar looks do dia faz com que muita gente compre aquele sapato ou aquela bolsa que você ta usando. Isso é bom pra loja e pra você, claro, que conseguiu vender o produto do seu patrocinador, PONTO! Mas e quem faz? Você sabe? Quais os benefícios pra quem produz?
É claro que as grandes e bem colocadas marcas do mercado podem não contribuir pra quem vive nessas condições. Mas e quem não tem condições de comprar uma bolsa de 600 reais? A mão escrava não é só abastecida pelos "camelôs" que vemos por aí. A Zara já foi denunciada várias vezes por proporcionar condições de péssimas de trabalho.
Muitas perguntas invadiram a minha mente no intuito de tentar sanar isso. Mas eu digo pra você: isso pode nunca ter fim!
Eu digo no aspecto mundial. Isso porque muitos outros fatores são englobados, como a política de cada país, as condições sociais de cada povo. No Brasil uma medida muito importante foi tomada no ano passado pela Repórter Brasil, referência nacional da defesa dos direitos humanos. Eles lançaram o aplicativo Moda Livre, que é uma ferramenta muito útil para os consumidores.
Esse aplicativo ajuda o consumidor a "ficar por dentro" das medidas principais das empresas de moda do país em relação ao combate do trabalho escravo. Além disso serve como alerta pra quem quer evitar comprar marcas que "compactuam" com esse tipo de mão de obra. Ele está disponível gratuitamente pra ser baixado nos celulares android/apple.
Apesar de ainda pensar que isso pode nunca acabar, uma atitude como a do jornal norueguês de fazer esse reality já é um grande passo em busca de sanar esse problema, tendo em vista a sua repercussão mundial. Acredito e tenho a esperança de que outros países possam ter a mesma iniciativa que o Repórter Brasil teve, e que nós também entrar nessa luta e fazermos a nossa parte por um mundo de condições melhores.
Trailler:
E você, sabe quem produz o que você veste?
1 comentários
A menina do meu trabalho me falou sobre esse Reality. É muito forte ver como funciona esse mundo da moda nos bastidores. Quando se vê tudo pronto no desfile, é lindo. Mas o que se esconde por trás disso tudo, é muito feio.
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